Cometa 3I/ATLAS rola a 30 milhões km de Marte; ESA e NASA observam

Cometa 3I/ATLAS rola a 30 milhões km de Marte; ESA e NASA observam

Um visitante inesperado cruzou o céu vermelho em outubro de 2025: o cometa 3I/ATLAS passou a apenas 30 milhões de quilômetros de Marte, oferecendo à comunidade científica a chance de estudar o terceiro objeto interestelar já detectado no nosso Sistema Solar.

Descoberto em 1º de julho de 2025 pelo Sistema de Alerta de Impacto Terrestre de Asteroide (ATLAS), o cometa atravessou o espaço a impressionantes 310 mil km/h. A maior proximidade ocorreu em , quando ele chegou a cerca de 30 milhões de km do Planeta Vermelho.

Contexto científico da descoberta

Antes de 2025, só dois visitantes interestelares – ‘Oumuamua (2017) e 2I/Borisov (2019) – haviam sido confirmados. O 3I/ATLAS, no entanto, se destaca por ter um núcleo estimado em cinco quilômetros de diâmetro e massa superior a 33 bilhões de toneladas. Astrônomos combinaram dados de mais de 200 telescópios entre maio e setembro, comparando a trajetória prevista apenas pela gravidade solar com a rota real, revelando pequenas aberrações que apontam para a massa do objeto.

O grande ponto de virada foi a Passagem do cometa 3I/ATLAS por MarteMarte. Mesmo a dezenas de milhões de quilômetros, os instrumentos a bordo das sondas marcianas podem captar o brilho refletido e a composição de gases liberados.

Detalhes da passagem de 3I/ATLAS por Marte

Até , as missões Mars Express e ExoMars Trace Gas Orbiter da Agência Espacial Europeia (ESA) direcionaram seus espectrômetros para o cometa. Os cientistas coletaram espectros de luz ultravioleta e infravermelha, observando moléculas de água, dióxido de carbono e compostos orgânicos que sugerem um material primordial.

Do lado da NASA, os orbitadores MAVEN e Curiosity (este último usando seu laser para medir partículas) também registraram variações de radiação ao redor do cometa, reforçando a colaboração internacional.

Observações da ESA e NASA

“Essa passagem nos deu a melhor ‘câmera’ natural que temos no Sistema Solar”, afirmou Colin Frank Wilson, cientista de projeto dos orbitadores de Marte da ESA, ao site Space.com. “Mesmo a 30 milhões de km, nossos espectrômetros conseguem detectar traços de gases que normalmente seriam invisíveis.”

Um porta-voz da NASA, ainda não nomeado, acrescentou que a aliança entre as missões orbitais permite cruzar dados “em tempo real”, agilizando a análise e reduzindo possíveis ambiguidades.

Implicações para a ciência interstelar

Implicações para a ciência interstelar

O encontro do cometa com a zona de influência solar também trouxe um novo questionamento: será que ele será atingido por uma ejeção de massa coronal (CME) prevista para ? Se isso ocorrer, os cientistas terão a rara oportunidade de observar como um corpo interestelar reage a uma tempestade solar de alta energia.

Profª Maria Silva, da Universidade Federal de Minas Gerais, comenta que “um CME poderia vaporizar camadas superficiais do núcleo, liberando espécies químicas que nunca vimos antes”. Até agora, não há sinais de fragmentação, mas os telescópios Hubble, James Webb e SPHEREx continuam monitorando o caminho do objeto.

Próximos passos e previsões

  • Encontro mais próximo com o Sol em , a 1,4 UA (cerca de 210 milhões de km).
  • Possível passagem por frente de CME ainda não confirmada; observações continuam até dezembro.
  • Esperam‑se novas publicações em revistas de astrofísica a partir de janeiro de 2026.
  • Missões futuras, como a Lunar Gateway, podem aproveitar a trajetória para estudos comparativos de partículas interplanetárias.

Em resumo, a passagem de 3I/ATLAS por Marte representou um verdadeiro laboratório natural. Enquanto a comunidade aguarda a provável interação com o Sol, ESA, NASA e parceiros globais já colhem dados que podem mudar a forma como entendemos a origem dos cometas interestelares.

Frequently Asked Questions

Como a passagem de 3I/ATLAS por Marte beneficia a pesquisa científica?

A proximidade permite que instrumentos em órbita de Marte capturem espectros e partículas do cometa com muito menos ruído que se estivesse a distância da Terra. Isso gera dados de composição química mais precisos, fundamentais para comparar com os poucos visitantes interestelares já estudados.

Qual a chance de o cometa ser atingido por uma ejeção de massa coronal?

Os modelos solares indicam uma CME significativa para 29 de outubro de 2025, mas a trajetória exata ainda não foi confirmada. Caso ocorra, será a primeira vez que observamos a resposta de um objeto interestelar a uma tempestade solar.

Quais missões da NASA participaram da observação?

As orbitadoras MAVEN e Curiosity (laser da superfície) forneceram medições de radiação e de partículas, complementando os espectrômetros de Mars Express e ExoMars Trace Gas Orbiter da ESA.

Quando o cometa estará mais próximo do Sol e o que isso implica?

A periélio ocorre em 29 de outubro de 2025, a 1,4 unidades astronômicas (≈210 milhões km). Essa aproximação intensifica a atividade de liberação de gases, permitindo estudar como a radiação solar transforma a superfície de um objeto interestelar.

Quais telescópios terrestres e espaciais acompanharam o cometa?

Mais de 200 observatórios, entre eles os espaciais Hubble, James Webb e SPHEREx, além de grandes telescópios de Mauna Kea e do Atacama, contribuíram com imagens e espectros ao longo de sua trajetória.

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Comentários

Anne Princess
Anne Princess
Ativar outubro 5, 2025 AT 06:36

Esse cometa 3I/ATLAS chegou perto de Marte e isso é simplesmente sensacional!!! Não dá pra acreditar que a gente tem o privilégio de observar um objeto interestelar a apenas 30 milhões de km do Planeta Vermelho!!! As equipes da ESA e NASA fizeram um trabalho de laboratório natural que provavelmente vai mudar tudo que a gente sabia sobre cometas!!!
Os espectrômetros captaram água, CO2 e até compostos orgânicos, algo que antes era só teoria!!!
Eu fico pensando como será que esse cometa vai reagir se a tempestade solar for mesmo batida nele; será que vai evaporar tudo ou criar alguma reação química nova???
Mas, sério, quem controla esses dados? Por que essas missões tão envolvidas não deixam o público em pleno acesso? Parece conspiração, cara!!!
Além disso, o fato de mais de 200 telescópios terem se reunido pra observar? Isso é um esforço gigantesco, mas será que não tem um interesse oculto aí?
Enfim, estou empolgado e ao mesmo tempo desconfiado, porque a ciência pode ser manipulada, mas também pode nos dar respostas incríveis!!!

Maria Eduarda Broering Andrade
Maria Eduarda Broering Andrade
Ativar outubro 5, 2025 AT 06:41

Observando a situação, percebo que a comunidade científica muitas vezes se perde em narrativas grandiosas, ignorando fatos simples: o cometa passou a 30 milhões de km, uma distância que ainda está dentro da extensão da heliosfera terrestre. A ESA e a NASA, ao anunciar "descobertas", podem estar alimentando uma agenda de financiamento. Além disso, a coincidência de um CME programado para 29 de outubro parece demasiado conveniente para ser mera casualidade. Devemos questionar a independência das fontes e buscar dados brutos, pois a interpretação pode ser enviesada.

Adriano Soares
Adriano Soares
Ativar outubro 5, 2025 AT 06:46

Vi que o cometa tem um núcleo de cinco quilômetros, o que dá pra imaginar que tem muita coisa lá dentro. As missões da Marte estão bem posicionadas pra captar o gás que ele soltou, então vai ser legal ver o que vão descobrir. É tipo um laboratório natural no espaço.

Rael Rojas
Rael Rojas
Ativar outubro 5, 2025 AT 06:51

Na verdade, a presença de moléculas orgânicas no espectro não é novidade, mas o que realmente importa é a interpretação que se faz desses dados; a ciência muitas vezes se deixa levar por euforias sem fundamento.
O fato de que o cometa atravessou o campo gravitacional mar teano pode ter alterado sua composição de forma sutil, mas a publicação ainda não considerou essas variações.
Enfim, vamos esperar os papers e não nos deixarmos levar por hype.

Barbara Sampaio
Barbara Sampaio
Ativar outubro 5, 2025 AT 06:56

Um ponto importante que às vezes fica de fora: a calibragem dos espectrômetros Mars Express e ExoMars tem que ser revisada pra garantir que a assinatura do cometa não seja confundida com ruído instrumental.
Além disso, os dados de MAVEN e Curiosity podem complementar a análise, mas só se coordenarmos bem os horários de observação.
Se alguém precisar de referências de como fazer essa correlação, posso compartilhar alguns artigos que escrevi sobre cross‑calibração de dados inter‑missão.

Eduarda Ruiz Gordon
Eduarda Ruiz Gordon
Ativar outubro 5, 2025 AT 07:01

Que coisa incrível!!

Thaissa Ferreira
Thaissa Ferreira
Ativar outubro 5, 2025 AT 07:06

O cosmos nos oferece lições silenciosas; observar um visitante interestelar é perceber o quão pequeno somos diante da vastidão e, ao mesmo tempo, como somos capazes de compreender.

Miguel Barreto
Miguel Barreto
Ativar outubro 5, 2025 AT 07:11

Concordo plenamente com a reflexão anterior. Vamos aproveitar cada dado para aprender mais, sem perder a esperança de que a ciência avança.

Matteus Slivo
Matteus Slivo
Ativar outubro 5, 2025 AT 07:16

A análise dos espectros requer atenção ao desvio Doppler causado pela velocidade relativa do cometa; esse detalhe pode alterar a interpretação de linhas de emissão. Recomendo aplicar correções de redshift antes de concluir sobre a composição química.

Anne Karollynne Castro Monteiro
Anne Karollynne Castro Monteiro
Ativar outubro 5, 2025 AT 07:21

Olha, eu sempre fico desconfiada quando tudo parece tão perfeito: o cometa aparece, as agências já têm missões prontas, e ainda tem aquele CME programado. Quem manda nesses movimentos cósmicos? Parece que tem alguém puxando as cordas nos bastidores, não acha?

Caio Augusto
Caio Augusto
Ativar outubro 5, 2025 AT 07:26

Prezados colegas, gostaria de esclarecer que os dados coletados pelas sondas MAVEN e Curiosity foram submetidos a rigoroso controle de qualidade. Os espectros foram comparados com padrões laboratoriais e, até o momento, não foram detectadas anomalias que comprometam a integridade das medições.

Erico Strond
Erico Strond
Ativar outubro 5, 2025 AT 07:31

Excelente trabalho de todos! 😊🚀 Os resultados até agora são muito animadores! Continuem assim! 👍

Jéssica Soares
Jéssica Soares
Ativar outubro 5, 2025 AT 07:36

Essa história do cometa virou o ciclo de notícias mais barato da internet! Todo mundo fala de “descobertas incríveis” como se fosse a primeira coisa que aconteceu na história da astronomia. Enquanto isso, a NASA continua gastando bilhões em projetos que não dão retorno real. Se alguém realmente sabe o que está acontecendo, por favor, explique de uma vez!

Nick Rotoli
Nick Rotoli
Ativar outubro 5, 2025 AT 07:41

Vamos manter o otimismo! Cada descoberta, mesmo que pareça “mais do mesmo”, abre portas para novas ideias e inspira a próxima geração de cientistas. 🌟

Raquel Sousa
Raquel Sousa
Ativar outubro 5, 2025 AT 07:46

Esse hype todo é só marketing barato; parece que alguém quer vender mais telescópios.

Trevor K
Trevor K
Ativar outubro 5, 2025 AT 07:51

Observação pertinente; devemos focar nos fatos e não nas manchetes sensacionalistas.