Bia Haddad Maia e Laura Siegemund brilham e conquistam duplas em Nottingham

Bia Haddad Maia e Siegemund mostram sintonia em Nottingham

Nem mesmo o clima imprevisível da Inglaterra atrapalhou Beatriz Haddad Maia e Laura Siegemund na caminhada rumo ao título do WTA 250 de Nottingham em 2025. A brasileira e a alemã não deram brecha para Anna Danilina e Ena Shibahara na decisão deste domingo, despachando as rivais com autoridade: 6-3, 6-2, em pouco mais de uma hora de quadra.

Durante todo o torneio, foi difícil encontrar quem conseguisse parar o ritmo de Bia e Siegemund. Elas encaixaram o jogo logo na primeira rodada, mantiveram uma postura agressiva nas devoluções e usaram muita variação para confundir as adversárias. Contra a cabeça-de-chave número 4, Danilina/Shibahara, o saque preciso e o domínio na rede fizeram a diferença, com as vencedoras praticamente sem oscilar e fechando os pontos sem drama.

A conquista valeu ainda mais porque Bia veio de uma eliminação precoce no torneio de simples. A brasileira caiu logo na estreia para a americana McCartney Kessler, mas rapidamente virou a chave e mostrou sua resiliência nas duplas. Essa força mental já tinha feito diferença no ano anterior, quando Bia saiu de Nottingham com uma dobradinha: levou títulos tanto nas duplas quanto também no simples em 2024. Um feito raro no circuito atual, especialmente em uma preparação tão curta para Wimbledon.

Nova dose de confiança rumo à grama

O título também traz consequências diretas para o ranking. Agora, Bia Haddad Maia e Siegemund ocupam o sexto lugar entre as melhores duplas da temporada. A posição abre portas para competições maiores, como o WTA Finals, e indica que a parceria pode render ainda mais nos próximos meses. O calendário não para, e a grama de Wimbledon se aproxima: Nottingham funciona como uma das principais vitrines de adaptação antes do Grand Slam mais charmoso do mundo.

Chamou atenção a comunicação da dupla em momentos-chave do torneio. Siegemund, veterana nas duplas e já conhecida pela capacidade de leitura de jogo, soube acalmar Bia em momentos de menor intensidade. O equilíbrio entre potência, inteligência nas escolhas e sintonia em quadra foi aparente até nos detalhes mais discretos, como os sinais combinados e o olhar firme no adversário antes dos saques.

Ganhar Nottingham não é novidade para Bia, mas repetir o sucesso – agora com nova parceira fixa – mostra que a brasileira está cada vez mais confortável no topo do circuito de duplas. O próximo teste será em Wimbledon, já na grama veloz de Londres, mas a confiança renovada promete deixar a parceria ainda mais perigosa para qualquer adversária.