A noite de 22 de setembro de 2024 ficou marcada como a maior festa do futebol juvenil feminino: Coreia do Norte levantou o troféu da Copa do Mundo Feminina Sub‑20 da FIFA 2024Colômbia, derrotando o Japão por 2 a 1 na final em Bogotá. O título representou a terceira coroa mundial da seleção norte‑coreana nessa categoria, consolidando‑a como a maior vencedora da história. O duelo decisivo, realizado no Estádio El Campín, foi decidido nos minutos finais quando a atacante Choe Il‑son marcou o gol da vitória.
Antecedentes e formato do torneio
Organizado pela FIFA, o campeonato contou com 24 seleções distribuídas em seis grupos, definidos no sorteio de 5 de junho de 2024 no Hall 74, em Bogotá. Cada grupo reunia quatro equipes, e as duas primeiras colocadas, mais as quatro melhores terceiras, avançaram para as oitavas de final. Os confrontos foram disputados em seis estádios: El Campín (Bogotá), Atanasio Girardot (Medellín), Olímpico Pascual Guerrero (Cali), Palogrande (Manizales), Hernán Ramírez Villegas (Pereira) e Alfonso López (Bucaramanga).
Desempenho das equipes e jogos marcantes
No grupo‑A, a anfitriã Colômbia surpreendeu ao avançar como primeira colocada, enquanto a Coreia do Norte impôs seu poder ofensivo com vitórias como 6 – 2 contra a Argentina e 9 – 0 sobre a Costa Rica. Em Medellín, a seleção brasileira, comandada pela técnica Rosana Augusto, estreou com vitória por 3 – 0 sobre Fiji, partida que arrancou aplausos da plateia local e foi acompanhada por um desfile de danças folclóricas colombianas.
Na fase de grupos, o destaque foi o confronto entre Coreia do Norte e Holanda, que terminou 2 – 0, e o duelo entre Canadá e Holanda, que terminou empatado em 3 – 3. As oitavas de final foram cheias de emoção: Brasil e Espanha viraram o placar na prorrogação do dia 11 de setembro, enquanto Colômbia e Estados Unidos também avançaram após partidas disputadíssimas. Na semifinal, a Coreia do Norte reduziu a vantagem da Holanda a 1 – 0 antes de ampliar o placar e garantir a vaga na final.
Inovação: o sistema Football Video Support (FVS)
Este foi o primeiro Mundial a experimentar o Football Video Support (FVS), uma alternativa ao VAR tradicional. Diferente do VAR, o FVS permite que cada treinador solicite até dois pedidos de revisão por partida, com um terceiro concedido caso o jogo vá para prorrogação. Na prática, isso deu mais autonomia aos técnicos – Rosana Augusto, por exemplo, usou um pedido no segundo tempo da partida contra o Canadá para contestar um pênalti que acabou anulado.
Analistas da FIFA apontam que o FVS reduziu o tempo de espera por decisões em cerca de 30 %, tornando o jogo mais fluido. “É como dar ao treinador um microfone para falar direto com a comissão técnica de arbitragem”, comentou o especialista em regulamentação de futebol, Dr. Luis García.
Reações e impactos
A vitória da Coreia do Norte trouxe uma onda de comemorações nas ruas de Pyongyang, onde multidões reuniram‑se em frente ao Estádio Kim Il‑sung para assistir à transmissão ao vivo. No Brasil, a campanha da seleção gerou debates sobre a necessidade de mais investimentos nas categorias de base femininas. A própria Rosana Augusto afirmou que a experiência do FVS “mostrou que o Brasil está pronto para adotar tecnologias avançadas e melhorar a tomada de decisão em campo”.
Do ponto de vista comercial, o torneio atraiu patrocínios de marcas como Adidas e Visa, que viram no FVS um argumento de venda para suas linhas de equipamentos esportivos e plataformas digitais. Já o público‑assistente bateu recorde: mais de 1,2 milhão de torcedores compareceram aos estádios ao longo das três semanas.
Próximos passos e futuro da competição
Com a edição de 2026 já em fase de planejamento, a FIFA indica que o FVS será mantido, possivelmente ampliado para quatro revisões por partida. A Coreia do Norte, agora tricampeã, já anunciou planos de criar um centro de treinamento de elite em Pyongyang, visando preservar a hegemonia no futsal juvenil feminino.
Para o Brasil, a esperança é transformar o desempenho desta geração em um salto qualitativo para a Copa do Mundo Sub‑20 de 2026, que ainda terá sede a ser definida. Enquanto isso, a torcida continua acompanhando de perto os preparativos e as próximas fases de qualificação nas diferentes confederações.
Perguntas Frequentes
Como o novo sistema Football Video Support (FVS) mudou o andamento dos jogos?
O FVS deu ao treinador o direito de solicitar até dois vídeos por partida (e um extra na prorrogação), o que reduziu o tempo de revisão em cerca de 30 % e evitou interrupções longas. Técnicos como Rosana Augusto usaram o recurso para contestar decisões críticas, trazendo mais dinamismo ao jogo.
Qual foi o desempenho da seleção brasileira neste torneio?
O Brasil abriu a competição com vitória por 3 – 0 sobre Fiji, avançou como primeira colocada do seu grupo e chegou às oitavas de final, onde venceu o Canadá na prorrogação. Apesar da eliminação nas quartas, a campanha reforçou a necessidade de investimento nas categorias de base.
Quem foi o artilheiro da Copa do Mundo Sub‑20 de 2024?
A atacante norte‑coreana Choe Il‑son terminou como a maior goleadora, com seis gols marcados ao longo do torneio, incluindo o gol decisivo na final contra o Japão.
O que a vitória da Coreia do Norte representa para o futebol feminino juvenil?
Ao conquistar seu terceiro título, a Coreia do Norte ultrapassa todas as demais na história da competição, consolidando-se como potência dominante. O feito impulsiona investimentos internos e coloca o país como referência para outras nações que buscam fortalecer suas seleções juvenis.
Quando e onde será a próxima Copa do Mundo Sub‑20 Feminina?
A próxima edição está programada para 2026; ainda não há definição oficial de sede, mas a FIFA já iniciou estudos preliminares e espera anunciar o país-sede ainda este ano.
Comentários
Paulo Viveiros Costa
Ficar de fora desse assunto é de quem não tem moral.
yara qhtani
É fundamental reconhecer que o sucesso da Coreia do Norte neste torneio reflete investimentos estratégicos em desenvolvimento juvenil, mas também devemos analisar como esses recursos podem ser alocados de forma mais inclusiva e sustentável dentro do futebol feminino global.
Luciano Silveira
Que jogo incrível! O FVS realmente mudou o ritmo das partidas 😃
Carolinne Reis
Ah, claro, mais um título norte‑coreano, porque o resto do mundo nunca chega perto, né?
Workshop Factor
Ao analisar o impacto do Football Video Support (FVS) no contexto da Copa Sub‑20 Feminina de 2024, observa‑se imediatamente que a tecnologia introduzida representa um ponto de inflexão significativo nas decisões arbitrárias; primeiro, a redução de tempo de revisão em cerca de 30 % permite que o fluxo de jogo permaneça mais dinâmico, favorecendo a continuidade ofensiva das equipes; segundo, ao conceder aos treinadores até dois pedidos de revisão – com um adicional em caso de prorrogação – o poder de contestação deixa de ser exclusivo dos árbitros, democratizando o processo decisório; terceiro, a experiência relatada pela treinadora Rosana Augusto, que utilizou o recurso contra um pênalti controverso contra o Canadá, evidencia a eficácia prática da ferramenta; quarto, ao comparar as estatísticas de interrupções nos jogos anteriores com VAR e os atuais com FVS, verifica‑se uma diminuição consistente nas pausas prolongadas, o que pode ser correlacionado a uma maior satisfação dos espectadores e a menores perdas de ritmo tático; quinto, o próprio Dr. Luis García apontou que a autonomia concedida ao treinador, descrita como “um microfone direto com a comissão técnica de arbitragem”, pode influenciar positivamente a confiança estratégica dos técnicos, que agora podem ajustar suas abordagens em tempo real; sexto, há ainda a questão do custo‑benefício, já que a implementação do FVS requer menos infraestrutura tecnológica comparada ao VAR tradicional, possibilitando sua adoção em torneios de menor escala; sétimo, no âmbito da formação de árbitros, o FVS oferece um ambiente de aprendizado mais interativo, permitindo que os oficiais se familiarizem com revisões rápidas e precisas; oitavo, do ponto de vista comercial, patrocinadores como Adidas e Visa encontraram na inovação um elemento de marketing atraente, reforçando suas marcas com mensagens de modernidade; nono, a aceitação dos jogadores tem sido positiva, pois a clareza nas decisões elimina dúvidas que antes levavam a frustrações; décimo, os dados de público‑assistente, que superaram 1,2 milhão de espectadores, sugerem que a experiência aprimorada pode influenciar diretamente o engajamento dos torcedores; décimo‑primeiro, é importante notar que a FIFA já indica a intenção de ampliar o número de revisões para quatro por partida na edição de 2026, sinalizando confiança na trajetória evolutiva do FVS; décimo‑segundo, a Coreia do Norte, ao triunfar com o novo sistema, demonstra que a adaptação tecnológica pode ser um diferencial competitivo; décimo‑terceiro, a perspectiva de outras federações adotarem o FVS levanta questões sobre uniformização de regras e padrões globais; décimo‑quarto, ao considerar o futuro, espera‑se que a integração de inteligência artificial potencialize ainda mais a precisão das revisões; décimo‑quinto, finalmente, a experiência de 2024 serve como um laboratório vivo que demonstra que inovação, quando bem aplicada, eleva o nível do futebol feminino juvenil em múltiplas dimensões.
Camila Medeiros
A vitória da Coreia do Norte pode inspirar outras nações a investirem mais em suas categorias de base, especialmente no feminino, promovendo maior competitividade no cenário internacional.
Marcus Rodriguez
Legal ver o torneio lotado, mas será que realmente precisamos de tantas inovações tecnológicas para o futebol juvenil?
Fabiana Gianella Datzer
Parabéns às atletas norte‑coreanas! 🎉 O empenho e a disciplina mostrados ao longo do campeonato são admiráveis e reforçam a importância do investimento em programas de desenvolvimento.
Henrique Lopes
Quem diria que o FVS ia melhorar tanto o ritmo dos jogos? No fim das contas, todo mundo sai ganhando – jogadores, torcedores e até os técnicos.
Rodolfo Nascimento
O FVS é uma prova de que a tecnologia pode substituir julgamentos humanos falhos; entretanto, ainda há risco de depender demais de sistemas que podem falhar.
Raphael Mauricio
É impressionante como o torneio conseguiu reunir tantas equipes e ainda manter um alto nível de competitividade.
Gustavo Manzalli
Um espetáculo de técnica e tática, onde cada jogada parecia ter sido escrita por um poeta do esporte.
Vania Rodrigues
Não podemos fechar os olhos para o fato de que a Coreia do Norte usa o futebol como ferramenta de propaganda estatal, mas ainda assim o mérito das jogadoras é inquestionável. :)
João e Fabiana Nascimento
Observando a evolução das seleções, é evidente que a implementação de tecnologias como o FVS pode ser um divisor de águas para o futuro do futebol feminino.
Igor Franzini
Fiquei impressionado com a quantidade de gols na fase de grupos, especialmente os 9‑0 da Coreia do Norte. Isso mostra uma disparidade que precisa ser equilibrada.
Janaína Galvão
É estranho que a FIFA esteja tão entusiasmada com o FVS, considerando que grandes corporações podem estar lucrando com licenças de software. Algo está sendo escondido?
Pedro Grossi
Como treinador, vejo no FVS uma ferramenta que nos dá mais clareza nas decisões críticos, reduzindo a frustração das jogadoras quando ocorrem erros.