O duelo decisivo entre Palmeiras e River Plate ocorreu no Allianz Parque em uma noite de tensão típica das fases eliminatórias da Copa Libertadores. O River começou arrasando, aproveitando um desfalque da defesa palmeirense e colocando Maximiliano Salas em vantagem já aos oito minutos. O gol, fruto de uma jogada rápida pelas laterais, deu ao time argentino o primeiro sinal de que a partida seria apertada.
Contudo, a reação não tardou. Na segunda etapa, Vitor Roque, que já vinha sendo destaque nas primeiras partidas da competição, encontrou o fundo da rede aos 51 minutos, equilibrando o marcador e trazendo o placar agregado para 2 a 2. O gol do atacante trouxe alívio ao torcedor palmeirense e mudou a postura tática da equipe, que passou a pressionar mais alto no campo.
O ponto de virada da partida foi, sem dúvida, a atuação de José López nos acréscimos. Após converter um pênalti com frieza aos 90 minutos e um minuto, o atacante recebeu um cruzamento de Raphael Veiga e, de fora da área, finalizou com potente chute esquerdo, deixando a rede cheia nos 90 minutos e quatro. Os dois gols nos minutos de parada de relógio trouxeram o placar final a 3 a 1, selando o avanço palmeirense.
Além dos gols, a expulsão de Marcos Acuña aos 87 minutos, por uma segunda amarelão que o árbitro considerou falta violenta, reduziu ainda mais as opções ofensivas do River. Com dez jogadores, o clube argentino viu seu plano de ataque esgotar e não conseguiu produzir perigo significativo nos últimos minutos.
Com o resultado, o Palmeiras completou a soma de 5 a 2 no agregado, repetindo a vitória de 2 a 1 obtida na partida de ida, realizada em 17 de setembro. O desempenho demonstra não apenas a superioridade tática, mas também a capacidade de manter a calma sob pressão, característica que tem definido os clubes brasileiros nesta edição da Libertadores.
O próximo passo será enfrentar o vencedor entre São Paulo e Liga de Quito (LDU), partida ainda pendente na mesma rodada. Independentemente do adversário, a postura do Palmeiras nos últimos minutos – especialmente a eficácia de José López e a disciplina defensiva após a expulsão do rival – projeta o time como um forte candidato ao título.
Especialistas da imprensa esportiva apontam que o conjunto comandado por Abel Ferreira tem conseguido integrar a criatividade do meio-campo, liderado por Raphael Veiga, com a pegada decisiva dos atacantes. A combinação de experiência (como a presença de jogadores que já disputaram duas Libertadores) e juventude (como Vitor Roque) cria um equilíbrio difícil de ser batido.
Para o River Plate, a derrota coloca em xeque a estratégia de jogo rápido que vinha sendo utilizada nas etapas anteriores. A falta de um plano de contingência após a expulsão e a incapacidade de neutralizar os lances de bola parada do adversário foram pontos críticos apontados pelos analistas.
A partida também gerou discussões sobre a arbitragem, sobretudo quanto à decisão que resultou no vermelho para Acuña. Enquanto alguns consideram a punição correta, outros acreditam que a margem de erro foi pequena, mas o fato é que o número de jogadores permaneceu desfavorável ao River nos momentos mais decisivos.
Com a semifinal à vista, a imprensa brasileira já projeta um possível confronto com seu grande rival, o São Paulo, caso o Tricolor saia vitorioso da sua partida. Um duelo Palmeiras x São Paulo nas semifinais da Libertadores seria histórico, envolvendo duas das maiores entidades do futebol brasileiro em um cenário continental.
Em síntese, a vitória sobre o River Plate solidifica o caminho do Palmeiras rumo ao troféu, reforça a confiança da equipe e dá ao torcedor motivos para acreditar que a temporada pode culminar com mais um título internacional.
