Hollywood está de olho em Eddington, novo projeto de Ari Aster, conhecido pelos filmes arrepiantes Hereditário e Midsommar. Desta vez, Aster aposta em um faroeste moderno que promete mexer com as emoções – e os nervos – do público. O filme se passa na paisagem árida do Novo México, um cenário perfeito para colocar dois monstros da atuação frente a frente: Joaquin Phoenix, que interpreta o xerife da pequena cidade, e Pedro Pascal, o prefeito em campanha para reeleição.
O embate entre as duas figuras é o estopim para um verdadeiro incêndio social. Vizinhos, amigos e familiares acabam arrastados para a disputa, à medida que ressentimentos antigos e novas tensões vêm à tona. A forma como a rivalidade dos protagonistas impacta toda a comunidade é o que move a história de Eddington, que não se contenta em ser só um duelo de personalidades marcantes, mas faz questão de cutucar feridas sociais profundas – da desigualdade econômica ao racismo institucional, sem perder de vista o peso dos anos de pandemia.
Para entrar de cabeça nesse universo tenso, Ari Aster aposta em um elenco de tirar o fôlego. Além de Phoenix e Pascal, o longa conta com Emma Stone no papel da esposa do xerife, Louise Cross – pronta para mostrar outra face dramática depois do sucesso em Poor Things e La La Land. O time de apoio inclui nomes quentes como Austin Butler, Luke Grimes, Deirdre O'Connell e Micheal Ward. É o tipo de conjunto que faz qualquer cinéfilo arregalar os olhos.
Ari Aster não faz nada pela metade e, por isso, traz de volta dois parceiros experientes: Darius Khondji, encarregado da fotografia (e famoso pelo visual de Amor e Seven), e Bobby Krlic, responsável por uma trilha sonora inquietante que promete ditar o ritmo da tensão do início ao fim.
O primeiro teaser já deixa claro: vem aí uma experiência visual marcante – paisagens de tirar o fôlego, ângulos que sugerem ameaças iminentes e closes em personagens à beira de um ataque. Aster costura elementos do faroeste clássico com dramas atuais, mostrando como diferenças políticas, ressentimentos históricos e a desconfiança pós-pandemia criam um barril de pólvora pronto para explodir.
Eddington chega com moral na cena internacional: sua estreia mundial será na competição principal do Festival de Cannes de 2025, sinal de que o longa não está para brincadeira. A estreia nos cinemas está marcada para 18 de julho. O filme volta a aproximar o diretor Ari Aster do estúdio A24, parceria que já rendeu clássicos modernos do terror psicológico, agora adaptados ao universo do western contemporâneo. Prepare-se para drama, suspense e discussões que prometem reverberar muito além das telas.