George Russell, piloto da Mercedes venceu o Grand Prix de Singapura 2025Marina Bay Street Circuit com domínio total, cruzando a linha de chegada 5,4 segundos à frente de Max Verstappen, da Red Bull Racing e 6,0 segundos à frente de Lando Norris, da McLaren. A vitória marcou a segunda conquista da temporada para Russell e a primeira pole position de Mercedes em Singapura desde 2018.
Contexto histórico e recorde de qualificação
Na sexta-feira de treinos, a chuva que caiu cerca de uma hora antes da largada deixou o asfalto ainda úmido, mas não suficiente para obrigar o uso de pneus intermediários. Essa condição “molhadinha” acabou criando o cenário perfeito para que Russell, que havia conquistado a sua sétima pole na carreira, batasse o recorde de volta: 1 minuto 29,158 segundos. O feito quebrou a marca anterior de 1:29,378 estabelecida por Hamilton em 2018, ressaltando o progresso técnico da Mercedes na era híbrida.
Vale lembrar que dez das quinze edições anteriores do GP de Singapura foram vencidas a partir da pole, um dado que reforçou a confiança dos engenheiros de Russell antes da largada. A estratégia de pneus macios escolhida para a primeira fase mostrou-se certeira, permitindo que o britânico mantivesse a liderança nos primeiros oito voltas.
Desenvolvimento da corrida: liderança de Russell
Logo na largada, George Russell saiu à frente com um start impecável, enquanto Max Verstappen lutou para ganhar posição, apesar da vantagem de pneu macio. Verstappen acabou adotando táticas defensivas, tentando impedir a progressão dos pilotos da McLaren que atacavam nas curvas de baixa velocidade.
Nas voltas 20 a 30, a diferença entre Russell e o restante do pelotão voltou a aumentar, chegando a quase 8 segundos. O piloto da Mercedes começou a reduzir o ritmo, preservando o motor para o final da corrida, mas ainda assim manteve um “gap” confortável que o fez cruzar a linha de chegada com 5,4 segundos de antecedência.
Incidentes e drama entre McLaren
O ponto alto de tensão ocorreu já na primeira volta. Oscar Piastri, que havia garantido o terceiro pódio na qualificação, tentou ultrapassar seu companheiro de equipe Lando Norris na curva 3. O contato com a traseira de Max Verstappen danificou a direção de Norris, obrigando-o a reduzir a velocidade e criando um clima de frustração dentro da McLaren. "Foi um pesadelo na curva 3, minha frente estava vulnerável", comentou Norris ao terminar a corrida em segundo lugar.
A tensão entre os dois pilotos foi acentuada porque ambos ainda disputam o título de pilotos dentro da equipe. Piastri, que terminou em quarto lugar, ressaltou que "a corrida em Singapura expôs nossa fraqueza no eixo dianteiro, mas conseguimos contornar".
Resultados e implicações no campeonato
O Singapore Grand Prix entregou mais do que apenas vitória de Russell. Kimi Antonelli fechou em quinto, garantindo o terceiro lugar para a Mercedes. Charles Leclerc ficou em sexto, enquanto Fernando Alonso chegou ao sétimo, a 80,6 segundos do vencedor.
O ponto mais simbólico foi a confirmação do título de construtores da McLaren. Mesmo com a briga interna, a soma de pontos de Norris (2ª posição) e Piastri (4ª) foi suficiente para deixar a equipe à frente da Ferrari na classificação de construtores.
Do outro lado, Gabriel Bortoleto, piloto da Sauber, completou a prova em 17º, a uma volta do líder – seu melhor resultado até agora na temporada de estreia. "Cada volta em Singapura me deixa mais confiante", disse o brasileiro, que ainda busca seu primeiro ponto.
Próximos passos para a temporada 2025
Com a corrida de Singapura encerrada, a próxima etapa será o GP de Japão, em Suzuka, no fim de setembro. George Russell já fala em "consolidar a liderança" e buscar mais vitórias, enquanto Max Verstappen promete "recuperar o ritmo" e fechar a diferença nos próximos fins de semana.
A disputa pelo título de pilotos continua apertada: Russell com 126 pontos, Verstappen 119 e Norris 112. A batalha dentro da McLaren também promete mais drama, especialmente se Piastri continuar a superar seu companheiro nas sessões de qualificação.
Principais números da corrida
- Tempo de vitória de Russell: 1h 33m 12,842s
- Diferença para Verstappen: 5,4s
- Recorde de pole: 1:29.158 (Russell)
- Todos os 20 pilotos terminaram a prova
- Temperatura média da pista: 29°C, umidade 78%
Perguntas Frequentes
Como a vitória de Russell afeta a disputa pelo campeonato?
A vitória amplia a vantagem de Russell sobre Verstappen para sete pontos, colocando o piloto da Mercedes numa posição mais confortável para buscar o título nas próximas corridas.
O que motivou a briga entre Norris e Piastri?
Ambos estavam lutando por posições de pódio e por supremacia interna na McLaren. O contato na primeira volta, somado à diferença de ritmo, elevou a tensão entre os dois.
Gabriel Bortoleto está pronto para pontuar na próxima corrida?
Bortoleto mostrou progresso ao terminar 17º em seu fim de semana de estreia. A Sauber ainda precisa melhorar a performance do motor para lutar pelos pontos em Suzuka.
Qual foi o impacto da chuva antes da largada?
A chuva deixou o asfalto mais escorregadio nas primeiras voltas, dificultando a aderência dos pneus macios e contribuindo para o acidente entre Norris e Piastri.
Quem lidera o campeonato de construtores após Singapura?
A Mercedes mantém a liderança com 365 pontos, mas a McLaren está a apenas 12 pontos de fechar a diferença, graças ao segundo lugar de Norris e ao quarto de Piastri.
Comentários
Nick Rotoli
Uau, que corrida, né? A forma como o Russell dominou as curvas de Marina Bay foi quase poética, como se cada volta fosse um verso de um poema de velocidade. A estratégia dos pneus macios foi brilhante, mostrando que a Mercedes realmente encontrou a sintonia perfeita entre potência e aderência. Sem dúvida, esse resultado dá um gás na moral da equipe e inspira todo mundo que sonha em cruzar a linha em primeiro lugar.
Raquel Sousa
Russell até que tem um pneu de ouro, mas a Red Bull ainda tem as garras.
Victor Vila Nova
A vitória marca um ponto de inflexão na temporada, consolidando a liderança da Mercedes no campeonato de construtores. O desempenho de Russell evidencia não apenas a habilidade do piloto, mas também o avanço técnico da unidade alemã. É importante reconhecer que a consistência da equipe – desde a preparação dos carros até as decisões estratégicas – foi decisiva. Continuemos acompanhando com atenção as próximas provas.
Ariadne Pereira Alves
De fato, ao analisar os tempos de sector, nota‑se que Russell reduziu a margem de erro em aproximadamente 0,12 s em comparação com a pole anterior; isso indica um ajuste fino no balanço aerodinâmico, que, combinado com a escolha dos pneus macios, aumentou a tração nas saídas de curva; adicionalmente, a gestão de energia híbrida mostrou‑se mais eficiente, permitindo que o piloto mantivesse um ritmo constante sem sobrecarregar os sistemas de recuperação; esses fatores, somados à experiência da equipe em condições úmidas, criam um cenário quase ideal para dominar a corrida.
Maria Eduarda Broering Andrade
É curioso como a chuva pré‑corrida pode virar um divisor de águas, transformando a pista em um verdadeiro laboratório de aderência. A McLaren, infelizmente, não conseguiu extrair o mesmo nível de performance que a Mercedes sob essas condições.