Quando a gente pensa em Derby della Capitale, logo vem à cabeça a tensão, a paixão e, claro, a bagunça nas arquibancadas. No último domingo, 13 de abril, o Stadio Olimpico estava lotado: mais de 63 mil torcedores vibrou, gritou e, no fim, saiu com um sentimento de partida incompleta. O duelo de 2025 trouxe tudo que os fãs esperam – jogadas de risco, cartões, e duas chances de ouro que mudaram o rumo do placar.
Lazio entrou em campo com um 4-2-3-1 que buscava dominar a posse e apertar a defesa da Roma. A estratégia funcionou nos primeiros 20 minutos: o time controlou quase 60% do tempo e criou oportunidades que deixaram a torcida otimista. No meio‑tempo, o técnico mandou a equipe para o vestiário com a ideia de converter aquela pressão em gols.
Os números do jogo deixam claro quem mandou ver. O Lazio teve um xG de 2,1, quase cinco vezes mais que o 0,4 da Roma. Isso significa que, em teoria, o time deveria ter marcado pelo menos duas vezes. Além disso, o xT (expected threat) foi 0,9 contra 0,6, reforçando a superioridade na criação de chances.
Alessio Romagnoli, zagueiro que costuma ficar na defesa, virou herói aos 47 minutos. Aproveitou um cruzamento alto, subiu mais que a defesa e cabeceou firme, virando o placar para os biancocelesti. A emoção era geral: a torcida explodiu e o técnico parecia já ver a vitória no horizonte.
Mas a Roma tem um ‘truque na manga’: eficiência. Matías Soulé, jovem argentino que brilhou nos últimos jogos, mostrou porque vale a pena lembrar do seu nome. Aos 68 minutos, recebeu na entrada da área, girou e acertou um chute que acertou o canto direito do gol, 100% no alvo. O placar virou 1 a 1 e o clima mudou rapidamente.
Depois do gol, o Lazio continuou criando, mas a falta de acabamento se mostrou o calcanhar de Aquiles. Mattia Zaccagni, que teve uma boa chance ao longe, chutou para fora. Tijjani Noslin, quase certo de abrir o placar nos minutos finais, acertou a trave de fora da área. Cada lance perdido deixou a torcida com um nó na garganta.
Quanto aos destaques individuais, o árbitro Simone Sozza teve um papel tranquilo, enquanto o VAR de Francesco Meraviglia revisou poucos lances. Nos cartões amarelos, Gianluca Mancini da Roma e Luca Pellegrini do Lazio foram punidos por entradas duras. No banco, a Roma entrou com Eldor Shomurodov, trocando um pouco de ritmo, e o Lazio chamou Boulaye Dia para tentar dar o empurrão final.
No panorama da Serie A, o empate manteve a Roma na quinta posição, com 54 pontos, enquanto o Lazio ficou em sétima, com 56 pontos, de acordo com algumas fontes. Ambos continuam na briga por vagas europeias, mas a diferença de desempenho pode ser decisiva nos próximos jogos.
O que fica claro depois desse clássico? Primeiro, que o domínio de posse e a criação de chances não garantem vitória se falta precisão na hora do chute. Segundo, a Roma mostrou que, com poucos lances, dá para tirar pontos valiosos. Por fim, a rivalidade entre Lazio e Roma segue viva, alimentando discussões em bares, podcasts e nas redes sociais – e preparando o terreno para o próximo encontro, que promete ser ainda mais quente.
